Imagem: Fotografia de Bill Eppidge
Sem música a vida seria um erro. Acrescento
a partir de Nietzsche em tom confessional, que talvez não a vida, mas eu com
certeza seria um erro sem a música. Bem mais do que uma apreciadora, transito
com facilidade entre os mais variados estilos e movimentos musicais. Apesar da
preferência pelo jazz e os ritmos brasileiros de todas as épocas, não há como
desconsiderar a influência do rock em todas as gerações que se seguiram à
minha. A propósito do dia do rock, comemorado em 13 de julho, lembrei de vários
fatos e histórias interessantes a respeito, que muita gente desconhece.
Com uma mistura de gêneros,
afro-americanos em sua maioria, o rock surgiu entre as décadas de 1940 e 50,
apesar de já encontrarmos seus elementos nas gravações country de 30 e nos
blues de 20. Acredita-se que Alan Freed foi o primeiro a utilizar a expressão
rock and roll referindo-se ao estilo, em 1951, já que até então o termo era uma
gíria negra que remetia à dança e ao sexo.
Para quem acredita que Woodstock foi o marco inicial nos
festivais de rock no mundo, uma surpresa: foi o Monterey International Pop
Music Festival, realizado dois anos antes na Califórnia, o primeiro. Dele já
participaram grandes nomes como Hendrix, Joplin, The Who e Stones. A propósito
de Janis, também não foi ela a pioneira no gênero e sim Wanda Jackson, a Primeira
Dama do Rockabilly.
Nos anos que se seguiram grandes nomes e ídolos foram se
somando às inúmeras mudanças, revoluções e evoluções. Só não mudou - e nada
indica que mude - a maneira revolucionária com a qual o rock’n roll escreve a
sua trajetória na história da música. O jovem senhor chegou ao século XXI como
um entre os mais importantes gêneros musicais, sem apresentar o menor sinal de
cansaço e renovando-se sempre, sem revelar tendência alguma de deixar de
existir.
Publicada no Jornal “O Pioneiro” em 28/07/2013