As minhas lágrimas regam os sentimentos mais puros e verdadeiros e me fazem renascer a cada nova estação. (Mônica Caetano Gonçalves Maio/2011)
Registro na Biblioteca Nacional nº: 570.118

sábado, 30 de julho de 2011

In Verso


É quando o não
A si mesmo nega,
Pelo avesso,
Em sentido inverso,
Que se afirma
Com maior veemência
Do que tem um sim...

É quando se diz
Que é inaceitável
E inadmissível
A fome,
A miséria,
E a injustiça!

É quando se grita
Que é intolerável
Tanta insegurança,
E Preconceito!

É quando se constata
Que certas coisas
São indizíveis
E outras impossíveis...

E pelo lado bom da vida,
Como é incalculável o valor
Da Amizade verdadeira!

E quase inacreditável
Que num mundo
Tão imperfeito,
Quase inviável
E de tanta luta inglória,
Ainda se pode viver,
Intensamente,
Um grande Amor
Incondicional
E infinito...

*Uma homenagem a Herbert de Souza, o Betinho.

30//07/2011

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Sexto Sentido






Nem tudo
São flores,
Nem todas as flores
Têm perfume,
Lindas cores e espinhos.






É com o tempo,
Que acalma
A juventude,
Que se apuram
Os sentidos
E se distinguem
Os semitons
Dos sustenidos...

A visão,
Aprende a ouvir
Outra linguagem,
Que se diz
Com um gesto,
Sorriso ou olhar...

Há um momento
Em que suas quimeras
Enfim são domadas
E tornam-se
Suas aliadas...

Um  novo sentido,
Uma nova percepção
Ampliada da vida.
A aceitação
Do humano imperfeito
E sua fantasia
Do ideal,
Do eterno...

Só então,
Com suavidade,
É possível saborear
Como é doce o calor
Nos dias de inverno!

*Ilustração: Óleo sobre tela de Vladimir Volegov.
 
27/07/2011

terça-feira, 26 de julho de 2011

Coisas que eu sei


Coisas que eu sei
E que ninguém imagina...
Vão além da ciência
Que estudei
E de tudo que estudo,
Leio e creio.

Coisas que eu sei,
São parte
De minha experiência,
Dos erros e acertos,
Do desrespeito
Aos meus direitos
E ao de tantos outros...

Coisas que eu sei,
De um mundo sem Lei,
De tudo que vivi
E como sobrevivi...

Coisas que eu sei
E que hoje estão
Nos alicerces
Da pessoa que me tornei.
Que de tanta dureza,
Crueldade e loucura,
Deram-me a medida
Da doçura
E da delicadeza,
O fio e o prumo
Para manter
O meu rumo...

26/07/2011

sábado, 23 de julho de 2011

Uma Irreverência




Uma coisa me intriga,
Como se rima,
Com uma palavra
Tão feia como barriga...





Pensa comigo,
Encontre uma,
Que rime com umbigo
E que dê sentido
Ao poema...

A língua portuguesa
É muito rica, sonora
O poeta começa
E segue, vai embora...
Pode dar asas à fantasia,
Porque as palavras
Surgem na hora...

Queria ver
Se fosse alemão
Não deve ser fácil,
Eles tem cada palavrão!!!

Temos poetas especiais,
Ímpares e inigualáveis,
São tantos notáveis,
Melhor nem citar...
Até rimam beija-flor
Com liquidificador...
Uma ousadia,
Que só a genialidade
De um Cazuza, cria!


23/07/2011

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Entre olhares

Sempre me chegas
No exato momento
Em que o sol
Vislumbra a lua
No firmamento...

Para o Amor
Faço-me nua...
Colho das flores o perfume,
Dos pássaros a melodia,
Do mel a doçura...

Envoltos em sedas,
Misturamos nossos corpos,
Intimamente unidos,
Entre sussurros e gemidos,
Entregues à volúpia
Que invade nosso ser...
Até que transbordas
Em meu cálice
O néctar de teu prazer...

E depois, abraçados
Pela languidez
Do desejo saciado,
Saboreamos a plenitude
No alvorecer...

No exato momento
Em que a lua
Vislumbra o sol
No firmamento...

21/07/2011

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Freedom


The Wind blowing in my hair,
Is cleaning all my mind
And makes me feel better,
Bringing the sense of Freedom
That I’ve lost
Many times ago
With my youth…

And now,
It tastes more special
Cause I really know its price…
The sacrifice of many people
All around the world…
Years, centuries of
Slavery, misery and torture…

It’s not enough I know…
In this moment
Someone is dying and fighting
For Freedom and Peace
In the World
And it’s just cause of them
That I’ll enjoy
Every second of the wind
That blows in my face…
 
20/07/2011

terça-feira, 19 de julho de 2011

Insana Lucidez


Louca...
De uma loucura partilhada
No dia-a-dia insano
De nossas vidas...

A manter minha lucidez
E os pés ancorados
Na realidade,
Sonhos e fantasias...
Que não se submetem
Aos grilhões que cerceiam
A liberdade...
E preservam a sanidade
Dos loucos...
Poetas...
Dos amantes da vida...
Dos que ainda criam
E crêem no Ser Humano...
Dos que insistem em viver
Suas verdades!

19/07/2011