As minhas lágrimas regam os sentimentos mais puros e verdadeiros e me fazem renascer a cada nova estação. (Mônica Caetano Gonçalves Maio/2011)
Registro na Biblioteca Nacional nº: 570.118

segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Pesos e medidas

Imagem: Google/divulgação



Toda fragrância ganha um toque especial ao contato da pele, que torna o perfume único e característico em cada pessoa. Assim, metaforicamente, desenha-se a noção de como o mesmo estímulo pode influenciar de formas absolutamente diferentes a sensibilidade individual, nestes tempos em que se procura tanto a autoajuda como panaceia, seja em livros ou em pílulas mágicas oferecidas graciosamente nas redes sociais, em quadradinhos coloridos, como papeizinhos usados para lembretes.

Se considerarmos somente o termo alemão zeitgeist, mais conhecido a partir de Hegel, como o conjunto das influências intelectuais e culturais em uma determinada época, conclui-se com facilidade que nenhum de nós permanece o mesmo ao longo da própria história; um saber sentido por todos, que apesar disso, foi e será objeto de incontáveis tratados.

Aqui, num espaço tão breve, reflito sobre as manifestações e reações afetivas, minhas e de todos com quem tive e tenho me relacionado mais ou menos intimamente ao longo da vida. Todos tão únicos e especialmente humanos!

Alguns, num primeiro momento, esbravejam e esperneiam, outros se encolhem e isolam ante as adversidades, havendo pelo meio do caminho os que buscam ajuda e colo e os que se iludem com a autossuficiência. Há os que se doam e concedem demais e os que ocupam esse espaço para além do que lhes é cabido. Muitas vezes é aí que nos encontramos naquele puxa e empurra, verdadeiro cabo de guerra sem vencedores ou vencidos, com um desgaste emocional nem sempre percebido como perda e sim como investimento.

Quando se está em uma situação conflitiva, nenhum texto de autoajuda tem a nossa medida. As relações afetivas são exclusivas de quem nelas está envolvido, cabendo sentir o quanto nos pesa esta busca de prazer, entendido para além do sexual e que pode custar muito de nós e do outro.


Há que se encontrar o próprio passo nos solos, duetos e bailados nos palcos da vida.


Publicada na Revista CAPITA News em 07/10/2013

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