As minhas lágrimas regam os sentimentos mais puros e verdadeiros e me fazem renascer a cada nova estação. (Mônica Caetano Gonçalves Maio/2011)
Registro na Biblioteca Nacional nº: 570.118

sexta-feira, 8 de março de 2013

Uai, uai!



Imagem: Capela no Congo Soco –Daniel Pessoa



    

Tudo bem, concordo! Os mineiros têm mesmo sotaque e expressões típicas, que muitos chegam a chamar de dialeto, o mineirês. De cá, argumento ser muito natural que tenhamos regionalismos num país continental como o nosso e assim há também muitos outros “ês”, como o baianês e o gauchês, uai!


Por falar em “uai”, existem várias versões para o surgimento dessa palavra, classificada como interjeição que, diga-se de passagem, não é exclusividade mineira ou brasileira, sendo também utilizada em Açores. Alguns afirmam ser a fusão das interjeições opa, oi e ai, que aparecem assim juntinhas, em Sagarana, romance do grande escritor mineiro João Guimarães Rosa.


Outra hipótese, que parece ter sido publicada no Jornal Correio Brasiliense e rola pela internet, diz que a professora Dorália Galesso , incentivada por Juscelino Kubitschek; após intensa pesquisa, concluiu tratar-se de uma senha entre os subversivos inconfidentes mineiros para se protegerem da polícia lusitana. Bastava dizer UAI - as iniciais de União, Amor e Independência-, depois de três batidas clássicas e as portas dos esconderijos conspiratórios se abriam. Só fico me perguntando: Se era uma senha secreta, como passou ao domínio público?


Enfim, a tese que considero mais interessante e que segundo consta foi defendida por um professor mineiro, no V Congresso de Ciências Humanas, Letras e Artes realizado na Universidade Federal de Ouro Preto, em Agosto de 2001.


Tudo começou quando o vilarejo Gongo Soco, onde se explorava ouro, foi comprado pela “Imperial Brazilian Mining Association”, do perdulário Barão de Catas Altas, que o havia surrupiado dos herdeiros de José Alves. E antes que me questionem, Gongo Soco significa: o gongo que não toca ou, em bom português “Esconderijo dos Ladrões” e fica a cerca de quarenta léguas ao norte de Ouro Preto. Do ouro e do convívio com os ingleses e seu “Why”,restou o nosso “Uai”.

No fim das contas, “uai” é “uai” e ponto final!



Publicada na Revista Capita Global News em 08/03/2013.

                    



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