O prometido é devido....
Clamo….
Clamo de mãos erguidas o teu rosto; nele,
todas as manhãs começam e as tardes findam,
e a noite é um pássaro que passa pela brisa.
Não quero saber o significado da pele a arder,
basta-me os teus olhos submersos em mim
e eu saberei a profundidade de teus beijos.
Nada é tão gritantemente belo, quando,
os olhos se fecham para se verem.
Luminosidade fendida ao pequeno gesto, aonde,
as mãos principiam, o voo da carne suplicante.
Clamo teu rosto, onde o livro se abre sobre a boca.
e a partida é um lento chegar de saudades, quando,
em fúria nos atiramos aos lentos lábios da razão,
esquecendo por completo o hálito do sossego,
numa respiração tão leve que morremos,
entre os braços num corpo exausto.
Transparentes os sentidos, e, a lâmina penetra a carne.
Um fio de água corre as margens.
O leve pousar de lábios, ainda, no aroma inabitado,
É já o pronuncio do templo em chamas.
O rosto é agora uma tela surpreendida,
pelas mãos, passam matizes sinais.
A pele baila na claridade dos joelhos
e é breve e longo o beijo na cintura.
Escarlate os gemidos no meu peito.
Rodas sobre o eixo incandescente da vontade,
E tudo em ti, é terra mar e ar.
[descubro em ti, um país tão próximo p’ra amar
E uma bandeira tão doce p’ra lutar.]
Joaquim MONTEIRO, in Musa
2011-06-09
Mas o que dizer mais depois de um poema destes? Hein? Suspirar profundamente o cheiro do hálito perfumado em letras o que ele exala. Bravo!@
ResponderExcluirQue espetáculo!!! O Joaquim tem uma sutileza ao expressar o ato do amor que é sensacional!!!
ResponderExcluirOu melhor, é poético ao extremo....