As minhas lágrimas regam os sentimentos mais puros e verdadeiros e me fazem renascer a cada nova estação. (Mônica Caetano Gonçalves Maio/2011)
Registro na Biblioteca Nacional nº: 570.118

domingo, 20 de janeiro de 2013

Uma mina de ouro


Imagem: Biblioteca Nacional - RJ

Um fato inegável: o brasileiro está lendo mais a cada ano, todas as pesquisas são unânimes, apesar das discrepâncias estatísticas. É inegável também, que as editoras internacionais estão ávidas por esse filão de ouro e vem investindo bastante em nosso mercado.
Cabem aqui alguns dos “W’s” do marketing, seja para escritores ou editores. Em primeiro lugar, é a chamada “nova classe média”, no centro do palco econômico, que está incrementando as vendas de livros e o setor vem se adaptando às suas necessidades de aprimoramento, gostos e desejos, além de disponibilizar edições mais baratas.
É certo que em décadas passadas, encontraríamos muito mais autores de maior prestígio nas temerárias listas de mais vendidos, reflexo de um país em que só uma casta podia cultivar o hábito da leitura. Hoje, espelham os interesses de uma leva nascente de leitores.
Entre os títulos de ficção, ainda há um grande predomínio de autores internacionais. Destacam-se por aqui, ainda timidamente, os que se dedicam a uma literatura mais popular e contam com o apoio da mídia ou fazem parte dela. Fala-se muito no que se poderia chamar de falta de sintonia: a grande massa de leitores parece interessar-se por leituras rápidas, como fonte de diversão, enquanto a maioria dos escritores brasileiros está focada apenas na obra maior, em geral complexa e problemática.
Já no segmento de não ficção, o cenário é outro. O público prefere assuntos que lhe são próximos, sobre nossa história, nossa gente, personalidades e celebridades nacionais, o que vem dando um destaque especial às biografias, um segmento primordial.
Sempre ouvimos dizer que precisamos formar leitores e concordo plenamente que devamos continuar a fazê-lo. Ouso dizer, além disso, que é necessário formar autores no Brasil também, que prescindam de prêmios literários e não da qualidade; e estejam em sintonia com os interesses do leitor do século XXI, a chamada literatura comercial, que faça frente aos sucessos estrangeiros.


Publicada na Revista CAPITA Global News e  Jornal “O Pioneiro” de 20-01-2013

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