Uma palavra quase em desuso, de
doente a moribunda e diga-se de passagem, efeméride é uma palavrinha no mínimo
esquisita, de origem grega ou latina, não sei bem, etimologia não é matéria que
domino.
Pode até
parecer serem somente letrinhas miúdas em calendários, mas há realmente datas
em que aconteceram fatos e pessoas muito interessantes, além das históricas e
comemorativas que todos sabemos. Se for feriado então, ninguém esquece! Vamos,
por exemplo, a um dia aparentemente sem grandes manchetes, sejam em papiros ou
jornais, um 9 de outubro.
Em 1940,
nasceu um John, com um Winston antes do Lennon, que como músico dispensa
apresentações, mas que muito além disso, foi escritor e ativista. Mais
importante do que escrever sobre ele, foi e é importante saber e sentir o que
ele suscitou e como influenciou as gerações que se seguiram, mesmo que não
tenham ou tivessem a real dimensão de tudo isso.
Em outro 9 de
outubro, em 1967, Ernesto Rafael Guevara de la Serna, ou simplesmente Che
Guevara, foi executado, um dia depois de ser capturado. Uma personalidade considerada
pela revista Time entre as mais importantes do século XX. Bem mais do que a
imagem que vemos estampada em camisetas, numa fotografia de Alberto Korda, uma
das imagens mais reproduzidas do mundo, por sinal; Che, além de médico,
jornalista e escritor e um dos ideólogos da Revolução Cubana (1953-1959),
ocupou altos cargos no governo, seja como Ministro da Indústria ou diplomata,
encarregado de missões internacionais. Controverso, representa para muitos a
rebeldia e a luta pela justiça social; enquanto para outros foi um criminoso,
responsável por assassinatos em massa.
Suavizando um
pouco o rumo da prosa, é interessante notar que entre tantos ilustres, não é
citado nenhum brasileiro nascido nessa data. Finalizando, cabe lembrar Jacque
Brel, morto em 1978 e suas belas composições e interpretações. Comecei com
Imagine e termino com Ne Me Quitte Pas!
Crônica publicada no Jornal "O Pioneiro" em 21/10/2012
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