As minhas lágrimas regam os sentimentos mais puros e verdadeiros e me fazem renascer a cada nova estação. (Mônica Caetano Gonçalves Maio/2011)
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terça-feira, 3 de janeiro de 2012

DO DEVER DE BEBER BONS CHAMPAGNES

Escrever sempre foi um hábito lúdico e com o passar dos anos tornou-se um dos maiores prazeres! A amiga Isabella Sparapan Genofre Delorenzo, reencontrou minha primeira aparição pública, na revista Stars & Stars, em 2002, um site criado por ela, uma deliciosa brincadeira... E falando de deveres fundamentais das pessoas e... seus inseparáveis espumantes! Usava o pseudônimo de Dominique Von der Lei, uma alusão divertida à área em que atuava na empresa em que trabalhávamos. A revista se define como a mais irreverente e divertida do Mundo Business. É bom lembrar! E espero que se divirtam com o artigo...
 http://www.revistastars.com/index.htm
 
 DO DEVER DE BEBER BONS CHAMPAGNES
by Dra Dominique Von der Lei


É óbvio, que você que é uma pessoa bussiness fashion ligadérrima e suuuper bem informada, sabe tudo sobre este assunto importantérrimo para o nosso Social Level, mas não custa relembrar e dar novas dicas...
Para começar, um breve histórico, que pode ajudar você a impressionar ainda mais, discorrendo sobre este assunto, causando o maior impacto e aumentando seu brilho próprio de si mesmo:
Champagne é sinônimo de festa, alegria, comemoração. Fruto da feliz conjunção do acaso, da pesquisa e da intuição inventiva do bom monge da abadia de Hautvillers, Dom Pérignon, que no fim do século XVII - diz a lenda - a inventou. A partir de então, este néctar que tanto apreciamos veio a espalhar-se por todo o mundo, juntamente com todos os outros espumantes.
É claro que você já sabia, mas lembre-se para não cometer esta gaffe imperdoável: espumantes? Sim, pois, como é sabido pelas pessoas Club Social, só é permitido o uso da denominação "Champagne" para os vinhos espumantes produzidos na região bem ao norte da França, onde se localizam as cidades de Reims e Épernay. Todos os outros vinhos com as mesmas características até aqueles produzidos em outras regiões da França - não são considerados Champagnes, mas vinhos espumantes. São os Crémants da Borgonha, as Cavas espanholas, os Proseccos italianos, todos eles também plenos de borbulhas e de alegria, e, de modo geral, mais acessíveis aos nossos bolsos, aguardando o nosso brinde.
O Champagne e todos os espumantes são vinhos que sofreram uma segunda fermentação, seja dentro da garrafa (método Champénoise) ou em grandes cubas (método Charmat), que permitiu a formação de bolinhas de anidro carbônico. Geralmente feitos à base da uva Chardonnay, com cortes de Pinot Noir e Pinot Meunier, são vinhos deliciosos que convidam à festa e acompanham um sem-número de pratos ou podem ser tomados como aperitivo.
Os de melhor qualidade apresentam uma limpidez cristalina, espuma abundante e perlage fino e persistente, feito de bolinhas de pequeno tamanho. Devem ser tomados bem gelados (cerca de 8°), em flûtes, (aquelas taças alongadas que obrigam certas pessoas a fazer plástica no nariz) e que permitem uma melhor apreciação do perlage. Os brut, que são secos, e os demi-sec, adocicados, acompanham bem as sobremesas.
A não ser que você tenha acabado de ganhar o Grand-Prix de Mônaco, tenha o máximo cuidado com a abertura da garrafa, procedendo de forma silenciosa e não permitindo a saída excessiva do gás. Para tanto, incline ligeiramente a garrafa e a faça girar segurando a rolha com a outra mão até que esta se desprenda. Depois, é só servir e "tim-tim", saúde. Se alguém resolver sacudir a garrafa, antes de abrí-la ou convidar para "estourar o Champane", saia à francesa, definitivamente este não é um ambiente próprio para pessoas do seu nível.
O mercado oferece várias boas opções, mas lembre-se de comprar seu vinho em lojas ou supermercados que o armazene de forma conveniente, longe do calor e da luz excessivos, e que tenham bom giro de estoque. Se puder, compre diretamente do importador ou produtor, é muito mais fashion.
Em algumas ocasiões, você poderá abrir algumas excessões e consumir espumantes nacionais, mas tome cuidado com as marcas oferecidas, afinal o risco de uma desagradável ressaca sempre existe.
Os espumantes nacionais são de muito boa qualidade (alguns afirmam que esses são os nossos melhores vinhos), com uma relação custo-benefício bastante convidativa. Entretanto recomendamos aos nossos VIP Readers, apenas as seguintes marcas: Chandon Excellence, a Salton Reserva e a Brut Miolo, feita pelo artesanal método Champénoise.
Já as Cavas espanholas, feitas à base de uvas Parellada, Xarello e Macabéu, são melhores opções, bem como os Proseccos de Valdobbiadene, italianos da região do Vêneto. Há também bons sparkling wines do Novo Mundo, principalmente australianos e californianos.
Caso você possa gastar um pouco mais, e você sempre pode, inclusive ser presenteada, vá de Champagne, Champagne mesmo, e aí as opções são inúmeras: Bollinger, Krug, Veuve-Clicquot, Pol Roger, Moët & Chandon, etc.
Agora, se você quiser ter uma experiência inesquecível, muito bem acompanhada, deguste um Champagne safrado, um Millésimé.
O Champagne comum não é safrado, sendo um blend de várias colheitas, cabendo ao enólogo combinar harmonicamente vinhos de safras diversas para se obter um bom produto final.
Já o Millésimé ou Champagne Vintage, é feito a partir de uvas de uma só safra, mas de um ano que seja considerado excepcional. Além disso, ele é resultado de uma criteriosa seleção de vinhos de base, obtendo-se assim um Champagne de qualidade e estrutura formidáveis, podendo (e devendo) ser guardado por vários anos. Alguns são fantásticos como a Veuve-Clicquot La Grande Dame 1985, que tive o prazer de tomar recentemente, ou o Charles Heidsieck Cuvée 1985, de qualidade tão boa quanto o Dom Pérignon 1990.
E lembre-se de sempre fazer aquela carinha de degustador profissional, no primeiro gole!

03/01/2012

2 comentários:

  1. Mandou bem, amiga!!!
    Se não dissesse não imaginaria jamais que era sua!!!

    Beijos

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  2. Bom, Edson... Vindo de você é um elogio dos grandes!
    Foi uma brincadeira divertida, mas que germinou o livro sobre o tema, ainda inédito. Quem sabe este ano? Certamente, brindaremos a isso!
    Obrigada e um beijo.

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